Ontem a noite, o presidente do Banco Bradesco, em entrevista ao Jornal da Record, fez alguns comentários pertinentes e otimistas. Ele mencionou que em 2010, o Brasil possui amplas condições de ficar dentro dos 4,5 % de meta de inflação, projetada para o ano, e comentou a atitude do BACEN que disse elevar a taxa básica de juros, caso a inflação tenda a subir além da meta. Seu comentário, otimista, foi de que o Brasil em 10 anos chegará ao mesmo patamar de taxa de juros que países do primeiro mundo e china (já considerando algum aumento da taxa de juros para esse ano, como outros especialistas já projetaram), que essa convergência é natural. Disse ainda, que o mercado de crédito já mostra evoluções (citou o exemplo do crédito imobiliário) , que o Brasil é um país rico (segundo ele, o problema está na desigualdade), que o país, se comparando a outros como China, EUA está adiantado em setores como exemplo o bancário, saúde, ensino, pois possui, nessas áreas, instituições tanto públicas quanto privadas enquanto os outros não possuem esse "mix", que ele considera uma vantagem.
Achei interessante a entrevista, mas tendo a ser "receoso" com tanto otimismo, concordo com a convergência no futuro da taxa de juros (não sei se para o prazo que ele mencionou, não tenho conhecimentos pra hoje falar sobre isso), com o problema da desigualdade de renda ser uma âncora. Mas, meu otimismo, em relação as suas palavras, cai por terra quanto a aplicação do atual mix dos setores no país, pois a regulação é "ridícula" o funcionamento, na maioria das vezes, das instituições públicas, é ineficiente (quando não caótico, exemplo a saúde). Sei que, se comparado a outros países (africanos, sul e centro americanos e alguns asiáticos), estamos muito bem na "foto", estamos em "ascensão" para o resto do mundo, mas existem problemas de ordem política que atrapalham e continuarão a atrapalhar o desenvolvimento do país.
Além disso, creio que está sendo desconsiderada a real situação mundial, a crise já foi superada? Paul Krugman (Nobel 2008), em artigo exposto na Zero hora dominical (de umas duas, três semanas atrás) disse que a economia norte-americana não está tão saudável (em recuperação) quanto se fala, que quando passarem os efeitos dos incentivos governamentais a economia vai "sentir". Krugman salientou para observar a possibilidade de a "recuperação" ser devido a questão de "variação de estoques". Outro fato a ser considerado é a situação da china, sua qualidade de crédito e sua taxa de juros, será que eles conseguirão fazer o que fizeram na ultima década?
Sei que é um tema grande e precisaria de muito espaço e tempo para aprofundá-lo mais, mas fica aqui a dica para debate, sintam-se a vontade para comentar e dar continuidade ao assunto aqui no blog.
Achei interessante a entrevista, mas tendo a ser "receoso" com tanto otimismo, concordo com a convergência no futuro da taxa de juros (não sei se para o prazo que ele mencionou, não tenho conhecimentos pra hoje falar sobre isso), com o problema da desigualdade de renda ser uma âncora. Mas, meu otimismo, em relação as suas palavras, cai por terra quanto a aplicação do atual mix dos setores no país, pois a regulação é "ridícula" o funcionamento, na maioria das vezes, das instituições públicas, é ineficiente (quando não caótico, exemplo a saúde). Sei que, se comparado a outros países (africanos, sul e centro americanos e alguns asiáticos), estamos muito bem na "foto", estamos em "ascensão" para o resto do mundo, mas existem problemas de ordem política que atrapalham e continuarão a atrapalhar o desenvolvimento do país.
Além disso, creio que está sendo desconsiderada a real situação mundial, a crise já foi superada? Paul Krugman (Nobel 2008), em artigo exposto na Zero hora dominical (de umas duas, três semanas atrás) disse que a economia norte-americana não está tão saudável (em recuperação) quanto se fala, que quando passarem os efeitos dos incentivos governamentais a economia vai "sentir". Krugman salientou para observar a possibilidade de a "recuperação" ser devido a questão de "variação de estoques". Outro fato a ser considerado é a situação da china, sua qualidade de crédito e sua taxa de juros, será que eles conseguirão fazer o que fizeram na ultima década?
Sei que é um tema grande e precisaria de muito espaço e tempo para aprofundá-lo mais, mas fica aqui a dica para debate, sintam-se a vontade para comentar e dar continuidade ao assunto aqui no blog.
Ola Julio Cesar.
ResponderExcluirVou seguir seu blog, é sempre bom conhecermos opiniões diferentes para avaliarmos as nossas idéias.
Quanto ao post... bom, eu prefiro ficar otimista tal como o presidente do banco Bradesco, acredito que a meta de inflação pode ser alcançada, pois o crescimento do Brasil – como “otimistamente” é esperado para os próximos anos - esta, de certa forma, atrelado ao alcance da meta.
Forte abraço!